Entrevista: Monique Alves - Resident Evil Database



Nome: Monique Alves
Idade: 28 anos
Ocupação: Empresária

Em primeiro lugar, obrigado por nos conceder essa oportunidade de conhecer melhor uma das pessoas mais simpáticas no quesito Resident Evil em âmbito nacional. É um prazer tê-la conosco um pouquinho aqui no RE:ViP.

REViP: Como começou seu “relacionamento” com Resident Evil? Foi amor à primeira vista ou o jogo lhe assustou de início? Que idade tinha nessa época?
Monique: Eu conheci Resident Evil aos 11 anos. Meu irmão, oito anos mais velho do que eu, tinha comprado recentemente o PSX, o cinzinha quadradão. Na época, como não podia ser diferente, nós fazíamos uso de jogos piratas, e comprávamos na 25 de Março. Um dia, fui com meu primo comprar jogos e levei uma listinha, criada pelo meu irmão. No meio desta lista estava Resident Evil. A princípio, enquanto a vendedora testava o jogo, eu não dei muita bola, mas, quando cheguei em casa e meu irmão colocou o CD no videogame, logo nos primeiro segundos da abertura live-action eu já me apaixonei! O problema é que eu morria de medo de jogar sozinha, então toda noite eu esperava até que ele chegasse do trabalho para ficar "assistindo" enquanto ele jogava!

REViP: Quem lhe apresentou ao mundo de Resident Evil? Você prefere as jogatinas de antigamente, com os amigos reunidos em casa (um jogando e dez dando palpites e opiniões) ou o novo sistema online que reúne pessoas de todas as partes ao mesmo tempo no mesmo lugar?
Monique: Fui apresentada pelo meu irmão, que foi apresentado por um dos amigos dele. Eu prefiro jogar entre amigos mesmo, até hoje me junto com amigos para falarmos/jogarmos Resident Evil, mas é claro que não dispenso uma boa jogatina online!

REViP: Qual estilo de jogo lhe agrada mais? Você classificaria os primeiros jogos da linha Resident Evil como “terror”? Se sim, acredita que esses jogos podem realmente assustar mais do que um pequeno susto enquanto se está jogando?
Monique: Eu sempre gostei mais de jogos que trazem alguma história, algum background, e que esta história vá se desenrolando ao longo do jogo. Jogos como Resident Evil, Silent Hill, Tomb Raider, Parasite Eve, Dino Crisis, The Last Of Us, sabe? Eu me assustava nos primeiros REs, até porque era bem novinha, mas o que me assustava antes não me assusta mais... A denominação "terror biológico" cai bem para a franquia, por causa da violência, do "gore", dos sustos... Mas não é bem um terror. Eu sempre tive mais medo com jogos de tema sobrenatural do que com elementos mais concretos, como são os zumbis e mutações causadas por surto viral.

REViP: Uma grande polêmica à respeito da franquia é sobre as várias mídias em que seus direitos foram liberados e a influência que cada um causa no outro. Na sua opinião, os filmes escritos pelo Paul influenciaram os jogos depois de seus lançamentos? Isso prejudicou a série de jogos de alguma forma ou os jogos já seguiam/seguiriam por esse caminho em sua opinião?
Monique: Eu não acredito que a influência dos filmes aos jogos seja assim TÃO grande. A única influência direta que eu vejo é na Rainha Vermelha, que veio dos jogos para os filmes como base na Alexia Ashford e depois dos filmes para os jogos como o sistema de segurança da Umbrella. Culpar os filmes pela mudança de direção dos jogos é absurdo, o que mudou os jogos de Resident Evil foi a necessidade de adequação ao mercado.

REViP: Qual dos jogos mais lhe atraiu e por quê? Há algum jogo que tenha lhe decepcionado?
Monique: O jogo que mais me atraiu na série, obviamente, foi o primeiro, o primeiro que eu joguei. Nenhum me decepcionou, eu gosto de todos de formas diferentes. :)

REViP: Que personagem mais lhe atrai na franquia? Você acha que a quantidade de protagonistas e a troca entre eles nos segmentos dos jogos prejudica de alguma forma a história?
Monique: Meus personagens favoritos são Jill, Chris e Wesker. Desde o primeiro jogo! Não acho que a quantidade de protagonistas prejudica o jogo, mas acho que Resident Evil 6 é como vários jogos dentro de um só, o que acabou tirando o foco de algumas campanhas e dando mais foco para outras. Por outro lado, talvez, as campanhas não conseguissem se desenvolver separadamente, como jogos individuais. Mas não é nada que eu acredito que prejudique o jogo ou a franquia.

REViP: Os fãs fazem de tudo para exprimir sua paixão por Resident Evil, de Cosplays a fan-arts, fanfictions e até mesmo tatuagens. Qual atividade de fã mais lhe agrada nesse meio que envolve a nossa querida franquia?
Monique: Aprecio todo e qualquer trabalho feito por fãs, mas o cosplay realmente me encanta! Não sou cosplayer, mas tenho amigos que são e a dedicação é simplesmente absurda! Valorizo demais este tipo de trabalho.

REViP: Como é manter um site como o Resident Evil Database? Como foi começar nesse mundo de entretenimento e informação inspirado pelo jogo? Atualmente quantos membros tem na equipe do site?
Monique: O Resident Evil Database é, na verdade, meu segundo site de Resident Evil. Trabalho com sites da série desde 2000, quando fundei meu primeiro site. Atualmente, estou sozinha com o REDb. Manter site não é fácil, mas tem seus prós, e estes acabam fazendo valer MUITO a pena.

REViP: Quais as dificuldades em manter um site como o Resident Evil Database? Como você faz para manter o contato com todos os fãs de Resident Evil e fãs da Monique?
Monique: Eu não tenho fãs, quem tem fãs é Resident Evil, e estes fãs se identificam comigo, ou talvez me acham louca demais! Hahahahaha! Quanto às dificuldades, acredito que a maior seja a financeira, para manter o site em um bom servidor. No caso do REDb, ele está em um servidor dedicado, que é caro e pago mensalmente, mantido do meu próprio bolso.

REViP: Quando você pensa em Resident Evil qual a primeira imagem e a primeira ideia que lhe vem à mente?
Monique: Eu sempre me lembro de coisas muito boas quando penso em Resident Evil. Ótimos momentos e ótimas pessoas que passaram e (algumas) continuaram na minha vida até hoje, graças a Resident Evil. :)

REViP: Entre os vários pedidos dos fãs em fóruns e sites as opiniões atualmente se dividem entre um reboot, remake e a continuação da franquia com um novo título numerado, o aguardado Resident Evil 7. Qual sua opinião no caso de cada uma das hipóteses?
Monique: A minha preferência é sempre pelos futuros títulos. Não apoio mais Remakes, pelo fato de que os responsáveis pelos games originais/clássicos já não estão mais na Capcom. No caso de RE2, o diretor Hideki Kamiya e o produtor (e criador da série) Shinji Mikami deixaram a Capcom há muitos anos. Tenho medo do resultado final de um remake sem os dois. Reboot eu acredito que seja MUITO drástico, e seria o mesmo que jogar 18 anos de Resident Evil no lixo. Sou contra, totalmente.

REViP: Você acha que após todos os percalços em mais de uma década de jogos e outras mídias a franquia de jogos Resident Evil pode vir a terminar? Em sua opinião, é possível que Resident Evil venha novamente a causar o mesmo impacto que causou em seu lançamento? O que seria necessário para que o jogo agradasse a todos os fãs de uma única vez – ou isso não é possível?
Monique: Cada lançamento de Resident Evil causa impacto. Cubro lançamentos de Resident Evil desde o CODE: Veronica X e cada lançamento traz uma comoção entre os fãs, eles ficam todos malucos, não param de especular o que acontecerá na série. É claro que a franquia acabará um dia, mas não vejo isto acontecendo tão logo, porque é rentável. Talvez eu não queira ver que o fim esteja iminente, mas espero que Resident Evil dure muitos, muitos, MUITOS anos ainda! <3

REViP: Muito obrigado por sua atenção e pelo prazer de nos oferecer sua companhia. Desejamos sucesso e realizações no Resident Evil Database e que a Capcom nos surpreenda com grandes e ótimas novidades relacionadas à franquia que tanto amamos. Até uma próxima oportunidade.
Monique: Agradeço imensamente pelo convite para esta entrevista. Desejo muito sucesso sempre para vocês e muito Resident Evil para todos nós! Grande abraço!