Resident Evil 6 - Eu joguei, gostei e recomendo


~Mesmo com todas as críticas eu curti demais RE6. Claro que mesmo assim eu vi um monte de gafes e sinceramente a parte mais ridícula do jogo é quando Leon e Helena descem pela catedral pra um laboratório subterrâneo com cara de masmorra medieval (afinal de contas, cá entre nós, mesmo se aquilo fossem túneis secretos utilizados pela Família no passado, com todo o poder e dinheiro que eles detém no presente, o local era pra ser uma base super tecnológica como os laboratórios da Umbrella, então não tem lógica aqueles cenários tão idiotas... aquilo foi feito daquela forma só pra ter "climão" escuro e sombrio, mas fugiu totalmente de uma ideia mais real de como seriam as coisas) e a parte em que Leon e Helena, após passarem o laboratório citado se veem em umas cavernas nas profundezas, com direito a carrinhos de minas que funcionam em trilhos e buracos tão profundos que provavelmente devem descer até o centro da terra, já que não dá pra ver o fundo naquele breu.
~Depois, pra piorar tudo Leon e Helena respiram mais que o Aquaman embaixo d'água e nadam em uma profundidade (lembrem que aquele lugar está abaixo da catedral, do laboratório, das catacumbas e das cavernas) onde a pressão esmagaria qualquer coisa e enfrentam um baiacu zumbi gigante. Pra terminar, após caírem em um lago e verem Tall Oaks ir pro espaço da mesma forma que Raccoon, Leon saca seu super hyper mega ninja celular holográfico à prova de choque e à prova d'água para falar com Hunnigan. Claro que todas as campanhas tem seus absurdos, seus altos e baixos, mas comparado a esses elementos, a campanha de Chris é praticamente real.
~Lembrando da campanha de Chris, na minha opinião é a mais intensa, pois ele não muda de expressão, seja sem memória (capítulo 1) ou nas recordações (capítulo 2) ou depois de recobrar as lembranças (capítulo 3 em diante), Chris é sempre o mesmo soldado focado e determinado. Em várias críticas sobre a campanha do mesmo eu já vi pessoas argumentarem que todos que trabalham ao lado de Chris morrem, inclusive o Piers, justamente para salvá-lo, mas na minha opinião Piers não morreu para salvar o Chris em si. Ambos tinham a mesma determinação, salvar Jake e Sherry e deter Haos. Ao ver que não teriam chances e seriam derrotados, Piers decide usar o poder do Vírus C mesmo sabendo que a overdose o mataria pouco depois. Chris no lugar dele certamente teria feito o mesmo. E também, fosse Chris ou Piers, como ocorreu, no final eles sabiam que o infectado não poderia subir à superfície, onde perderia o controle e teria de ser eliminado sendo uma ameaça aos outros, ele teria de morrer ali com as últimas evidências do ocorrido. O próprio Piers diz em suas últimas palavras, suas ações foram "Pela B.S.A.A., Pelo mundo todo", a atitude esperada de um soldado honrado e determinado.
~Quanto às equipes que morrem junto de Chris, podemos dizer que todos os soldados que entram pra B.S.A.A. sabem os riscos que envolvem estar naquele grupo e o Chris apenas se destaca mais por ser um veterano e ter uma patente de comando sobre os outros, mas mesmo isso não faz dele uma babá de ninguém. De todos os momentos no jogo, e sendo a campanha do Chris a que eu mais curti, acho que o primeiro encontro entre Chris, Piers, Jake e Sherry umas das ocasiões mais tensas do jogo. Chris e Sherry não se conheciam pessoalmente até aquele momento, mas ambos sabiam um quem era o outro e o elo criado entre eles por Claire já os fazia se conhecerem de alguma forma. Sherry e Jake que fugiam do Ustanak, se veem junto da tropa da B.S.A.A. contra inimigos muito maiores em escala e a única saída é uma aliança temporária sem sequer ter tempo pra analisar a situação.
~O jogo pode não ter os sustos e o que chamam de terror dos primeiros títulos, mas o clima de tensão é bem presente em diversos momentos. Foram ótimas horas que eu desprendi para platinar o jogo e descobrir seus segredos e após ter terminado de todas as formas, não me arrependo em nenhum momento de ter jogado RE6.


Dan Yukari - Administrador do Blog