O Apocalipse já começou - você está preparado?

Moramos em um país onde ser assaltado é tão normal quanto ir à padaria comprar pão, ou talvez até mais comum, pois nem todos tem dinheiro para ir à padaria comprar pão, mas todos podem ser assaltados. Um país onde ser morto por um tiro de um bandido é tão normal quanto ser morto por um tiro de um policial ou militar, aqueles que supostamente pagamos para nos defender. Moramos em uma país onde os protestantes "pacifistas" levam consigo coquetéis molotov, facas, pedras, sprays e a polícia se defende atirando neles e em qualquer cidadão que esteja passando por perto para "amenizar" a confusão. Moramos em um país onde os criminosos comem carne todos os dias na prisão e os cidadãos que trabalham e pagam impostos muitas vezes mal comem arroz com feijão na metade do mês.

Vi no jornal essa manhã, 14/06, os resultados do protesto contra o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo. Quem eram os mais hipócritas, os protestantes que foram armados para Avenida ou os militares que atiraram diretamente contra os manifestantes para "conter" um tumulto que ainda nem havia começado?

Não sei exatamente o porquê, mas as cenas me lembraram muitos jogos e filmes da atualidade. Centenas ou até mesmo milhares de pessoas correndo pelas ruas em meio à escuridão da noite e da madrugada, onde a luz que surgia em suas frentes era a de explosões, tiros, chamas e todo tipo de ataque. Como julgar essas atitudes senão como irracionais? Imagino que os homens das cavernas faziam coisas mais civilizadas, pois lutavam juntos por alimento e moradia, mas não se matavam como bestas incondicionais. Não haviam "monstros" com a aparência de monstros como no game "Prototype", por exemplo, mas haviam milhares de soldados como no game citado e os "monstros", por mais que não aparecessem fisicamente estavam dentro de todos. E assim como nos games de "zumbis", onde quando um zumbi morde uma pessoa ela imediatamente morre e depois se levanta como outro zumbi, também nesse caso, a simples aproximação de uma pessoa violenta fazia de outra que estava apavorada ou assustada também uma pessoa violenta. Em resumo, o que digo é que o "contágio" do medo e do terror era constante e a epidemia não via um fim, principalmente quando aqueles que deveriam zelar pelo controle estavam a espalhar essa epidemia também.

Eu vejo "crianças" que no face falam "eu adoraria um apocalipse zumbi" como se a brincadeira fosse das mais divertidas, como se ver pai, mãe, irmãos, amigos e outras pessoas infectadas por algo incurável não fosse tão terrível quanto realmente é, como se matar alguém simplesmente por essa pessoa estar "possuída" pelo vírus da "distorção da mente" fosse uma solução simples, fácil de ser acatada e a mais viável.

Só olhem em volta. Pensem. Reflitam nessas palavras.

Você desejava um apocalipse? Bem, sorria, ele já começou.

Muitos dos que você conhece já estão infectados, muitos dos que você conhece já vão às ruas e do desejo simples de fazer algo para o "melhor" ao ato de atacar os semelhantes para se fazer ser ouvido é apenas questão de segundos. Muitos de seus amigos já não pensam mais, não avaliam mais, não racionalizam mais. Você queria um apocalipse? Pois bem, pare, pense e observe. Muitos estão infectados ao seu lado, pode ser amigo, parente, até mesmo seu pai ou sua mãe.

Você acha que sobreviver a um apocalipse seria uma tarefa simples? Pense nisso sem as armas, sem poder relogar, sem saber quem são os amigos e inimigos no campo de batalha. Parabéns, seu desejo já se tornou realidade, seu apocalipse já começou. Agora só resta uma questão: você vai sobreviver? Ou vai ser simplesmente infectado e somar as fileiras de "zumbis" da Era Moderna?

Cuidado, quando você terminar de ler esse texto, você pode estar já protestando contra as palavras do mesmo ou se queixando de que não é assim como você lê, mas pare por um minuto, feche os olhos, pense, respire. Analise e veja as opções, você já pode estar infectado. A cura ainda existe, se a infecção estiver ainda no começo, pode ainda haver salvação.

Resta a você ser um herói ou outro zumbi, qual você prefere ser?

Créditos do Artigo: Dan Yukari